domingo, 28 de março de 2010

Passados estes anos voltei-te a ver. Passaste ao fundo do correrdor com o mesmo ar de sempre, com o mesmo sorriso com que te conheci. Por breves momentos desejei que não reparasses que também ali estava. Pedi para ir embora porque não queria saber a tua reacção ao veres-me. Mas, no entanto, não deixei de olhar para o fim do corredor na esperança de trocarmos um olhar. Quando passei à tua frente, a caminho da saída, vi-te com ela. Talvez fosse a mesma de à alguns atrás, talvez uma outra que arranjaste para ouvir as tuas confissões e te apoiar quando mais precisavas. O que eu sei é que o meu coração disparou, as pernas tremeram e perderam a força toda.


Fizeste-me acreditar que era especial para ti. Fizeste-me sentir importante na tua vida. Mas só servia para tua amiga quando acabavas com as tuas namoradas, ou elas contigo, não sei. Talvez tenha sido bom a perda de contacto total. Não ia mais ser o teu bote de salvação entre crises amorosas. Não ia!

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